As
perspectivas para o ensino de química, de acordo com os Parâmetros Curriculares
Nacionais, consideram a vivência individual do aluno (conhecimentos escolares,
histórias pessoais, tradições culturais, cotidiano e informações veiculadas
pela mídia) e interação da sociedade com o mundo (saberes científicos e
tecnológicos ligados à produção, cultura e ambiente). Sendo assim, para que o
ensino de química seja efetivo, a contextualização é um caminho que liga essa
vivência do aluno à sociedade e o mundo. Mas o é contextualizar? Contextualizar
é propor situações problemáticas reais buscando o conhecimento científico para
entendê-la. É uma das formas de mostrar para o aluno a relação entre a
disciplina química e a química presente no seu cotidiano.
Ao
contrário do que muitos imaginam, a química não existe apenas nos laboratórios.
A química está presente na maioria das situações no nosso cotidiano. Um exemplo
simples são os alimentos, pois são formados de compostos químicos naturais ou
artificiais. Desta forma, após conhecer os compostos orgânicos em sala de aula,
foi proposto aos alunos do 3º ano do Ensino Médio que produzissem um rótulo
nutricional. O objetivo desta construção era colocar o aluno em contato com a
descrição dos alimentos para que ele percebesse ali a existência dos compostos
químicos estudados. Carboidratos, proteínas, gorduras, sódio, cálcio, entre
tantos outros são elementos e compostos químicos fundamentais para nossa saúde
(com o cuidado de não ingerir em excesso) presentes nos alimentos, expressando
como a química faz parte da nossa vida. Além disso, saber ler e compreender um
rótulo nutricional permite fazer escolhas saudáveis, melhorando a qualidade de
vida.
Um
desafio para os alunos era escolher um público alvo para a criação de um
alimento e a produção do rótulo nutricional. O público alvo poderia ser
diabéticos, obesos ou hipertensos. A produção dos rótulos nutricionais surpreendeu.
Os alunos pesquisaram a fundo sobre o tema do público alvo escolhido e criaram
produtos ótimos. Além disso, os alunos esbanjaram criatividade. Não criaram
somente os rótulos, mas também a embalagem do produto, logotipo e utilizaram
música para divulgação e até um vídeo propaganda.
Tivemos
produtos como Milchugo (o leite de texugo), Fritinhas (as batatas fritas com
pouco sal), Sweet Health (achocolatado com pouco açúcar e muita vitamina), Maman
(a maionese com baixa caloria), Omegalin (o óleo da espinha do tubarão, eficaz
na redução da pressão arterial), Natudia (o leite de enzima de alpiste), Low
Suggar (o achocolatado para controle de peso) e Burn it Down (o shake que acaba
com as gorduras localizadas).
Criatividade
de sobra dos nossos alunos, mostrando competência e potencial para muito mais.
Luciana
Rafael Fregatto

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